Tenho pouco osso, posso fazer implante dentário? Descubra suas opções.
- Dr. Geraldo Villela

- 4 de jul.
- 3 min de leitura
Saiba o que fazer quando não tem osso suficiente para implante dentário. Veja alternativas como enxerto ósseo, implante zigomático e carga imediata.

Muita gente acredita que ter pouco osso na boca impede totalmente o tratamento com implantes dentários. Esse é um medo muito comum, principalmente entre pessoas que perderam dentes há muitos anos ou que já usam dentaduras e ouviram dizer que “não têm mais osso”. A boa notícia é que, graças aos avanços da odontologia, hoje existem diversas soluções para praticamente todos os casos — mesmo aqueles em que o osso está bastante reabsorvido. Neste artigo, você vai entender por que o osso alveolar é tão importante para o implante dentário, o que acontece quando há pouca estrutura óssea e quais são as alternativas disponíveis para que você possa recuperar a mastigação e o sorriso com segurança.
O que significa “ter pouco osso”?
Quando falamos que o paciente tem “pouco osso”, estamos nos referindo ao volume do osso alveolar, que é o tecido que sustenta a raiz dos dentes. Após a perda dental, esse osso começa a se reabsorver de forma natural, porque ele depende do estímulo transmitido pela raiz durante a mastigação para se manter saudável. Sem o dente, o corpo entende que aquela estrutura não é mais tão necessária e vai diminuindo o volume ósseo com o passar dos meses e anos.
Além disso, doenças periodontais (que afetam gengiva e osso), fatores genéticos ou mesmo traumas podem contribuir para a perda óssea. Em alguns casos, ao longo do tempo, o osso fica tão fino ou tão baixo que parece não haver mais suporte suficiente para colocar um implante.
Por que o osso é tão importante para o implante?
O implante dentário é um pequeno pino de titânio que substitui a raiz do dente perdido. Para que ele funcione bem, é essencial que esteja firmemente preso ao osso, garantindo a estabilidade necessária para suportar a prótese.
Quando o paciente tem pouco osso em altura ou espessura, o implante pode não ter onde se fixar corretamente, o que compromete a segurança e a durabilidade do tratamento. Por isso, antes de tudo, o dentista solicita exames como a tomografia computadorizada, que mostram o volume e a qualidade do osso e ajudam a planejar o melhor procedimento.
Quais são as opções para quem tem pouco osso?
Enxerto ósseo
O enxerto ósseo é o procedimento mais utilizado para reconstruir regiões onde há falta de osso. Hoje existem diversos tipos de biomateriais e técnicas para recuperar o volume ósseo perdido, e muitas vezes a decisão é feita em conjunto entre o dentista e o paciente, considerando desde correções de pequenos defeitos até reconstruções mais extensas.
Após o enxerto, é necessário aguardar de 4 a 9 meses para que ocorra a cicatrização e o local esteja pronto para receber o implante, o que naturalmente prolonga o tempo total do tratamento, além de aumentar o custo e o número de intervenções.
Mas vale lembrar: o enxerto ósseo não é um vilão — muito pelo contrário, em muitos casos ele é o grande responsável por tornar possível a reabilitação do sorriso com segurança e estética.
Implante curto ou de diâmetro reduzido
Quando a perda óssea não é tão grande, existem implantes especialmente projetados, com tamanho ou espessura menores, que podem ser usados sem a necessidade de grandes enxertos. Eles são muito seguros e podem evitar cirurgias adicionais.
Implante zigomático
É uma técnica indicada para casos extremos de perda óssea na maxila, onde não há quase nenhum osso alveolar. Nesse método, o implante é fixado no osso zigomático (o osso da maçã do rosto), que tem excelente qualidade e volume. Assim, é possível reabilitar o paciente sem a necessidade de enxertos volumosos.
É importante saber que, se o paciente perde dentes e não faz implante ou outro tipo de reabilitação, o processo de reabsorção óssea continua. Isso pode alterar o contorno do rosto, deixando a face com aspecto mais envelhecido, além de dificultar o uso de próteses removíveis e até prejudicar a fala e a mastigação.
Mesmo quem tem pouco osso hoje pode ser candidato a implantes dentários, graças às técnicas modernas como enxertos, implantes curtos ou zigomáticos. O importante é não adiar o tratamento: quanto antes procurar um dentista especialista em implantodontia, maiores as chances de reabilitar a função e a estética do sorriso de forma segura e duradoura.
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